segunda-feira, 23 de agosto de 2010

- a reviravolta.

- Bella já estava mal a alguns, pois Henrique que vinha fazendo de tudo por ela e tinha resolvido viajar para Londres, para seguir sua carreira de engenheiro ambiental. Ele largaria tudo e teria que passar quatro anos lá. Mesmo que namorasse a 7 anos com Henrique, ela sabia que não deveria ir. Seria bom, e ela poderia avançar em sua carreira também. Mas sua vó estava doente e ela não a deixaria por nada. Henrique não entendia, dizia que não aconteceria nada com ela, mas Isa não acreditou e decidiu não ir para Londres. Quatro anos era tempo demais. E ao pensar nisso, se achou egoísta. Quanta coisa Henrique já desistira por ela? Até sair de casa várias vezes, só para matar a saudade e depois ficar de castigo, dentre várias outras coisas. Começou a “fundir” a cabeça, será que ela não era o suficiente pra ele? Mas como nunca percebera isso? Em sete anos? Não. Isso não era justo. Henrique era perfeito. Mas Isabella não achava isso de si. Então começava a se culpar. Tinha começado a ficar louca? Sabe-se lá, ela não deixaria Henrique ficar mais uma vez por ela, mas também, não iria. Não podia estar longe, bem quando sua segunda mãe estava mal. Depois de alguns dias, ligou para Henrique:
- Alô!
- Henrique, amor?
- MINHA BELLA!
- Pode vir aqui agora?
- CLARO! Já estou chegando meu neném!
E a ligação foi finalizada. Chegando lá, Henrique vê os olhos BEM vermelhos de Isa e se desespera;
- AMOR! AMOR! O que aconteceu? Por amor de Deus Isabella, não me assusta.
- Calma amor, só decidi o melhor pra você – mesmo que não seja o melhor pra mim – Isabella pensou.
- Meu amor, o melhor pra mim é ficarmos juntos pra sempre! É isso que tem que me dizer?
- Bom... não meu Henrique, quer dizer, é, como vou falar isso... – Isabella já até sussurrava.
- Fale alto minha Bella.
- Está bem, eu não vou viajar com você.
- Por que não? – Henrique estava perplexo.
- eu não posso Henrique, simplesmente não posso deixar minha avó sozinha e...
- Ela vai ficar bem Bella! Já disse isso, que coisa, você não me escuta é?
- Eu escuto Henrique, mas não vou deixá-la. Se quiser ir sozinho...
- MAS É O MEU FUTURO BELLA! E O SEU TAMBEM! É O NOSSO FUTURO!
- Não grite Henrique, eu sei bem disso.- Então, ligamos toda semana pra cá, e se acontecer algo mais, corremos pra cá. Pronto, é isso que quer?
- Não, eu vou ficar aqui.
- Mas eu não posso perder essa oportunidade, meu amor, me entenda!
- E eu entendo, por isso que você vai!
- Mas eu só vou, se você for também!
- Não Henrique, eu não vou. Já está decidido.
- Então que se dane tudo. Eu não vou, não vou ficar quatro anos sem te ver. Eu não suportaria isso...
- Vai sim! Você tem que ir, como você mesmo disse, é uma oportunidade única e você não vai perder essa chance, eu não vou deixar! Vai sem mim sim! Não vou fazer tanta falta mesmo e... – Isabella envermelha seus olhos e Henrique pega seu rosto entre as mãos.
- Escuta aqui dona Isabella, quantas milhões de vezes eu disse que você é tudo na minha vida? – Isa fica sem fala – Muitas, eu acho, né? Eu não vou sem você! Sem chances...
- Você vai Henrique, eu não quero você aqui comigo, é isso!Henrique se afasta de uma vez e paralisado, diz:
- MENTIRA! Eu não acredito! Você me ama e eu te amo, fomos feitos um para o outro! Foi prometido, estaremos juntos para sempre!
- Mas eu não vou mais ficar com você, não vou estragar seu futuro!
- Eu não ligo! Mesmo que você não queira, eu não vou ficar longe de você!
- Vai sim Henrique, Você vai para Londres!
- Isabella, me escute bem: EU TE AMO! Ta me entendendo? Eu vou ficar onde você estiver e final do assunto.Isabella não sabia mais o que falar. Seus argumentos já havia se esgotado. Henrique estava desistindo de tudo por ela e ela nem sequer, uma vez, foi capaz disto. Achou-se egoísta demais. Não o merecia.
- Henrique, você não é...
- Não sou o que?- Eu não te quero mais ok? Você não é o bastante para mim, vai embora!- Mas... eu sei que você me quer, você deve ter tomado algo, ou alguém ter te falado algo.. alguém? É algum homem Isabella?
- Não, não é. Só não te quero mais.- Mas prometemos que seria pra sempre!- E daí?- É assim agora é? Tudo que tivemos vai pro lixo?
- É!
- Se você quer assim. Eu já escutei demais por hoje. Você já sabe o que eu sinto mesmo, não vou ficar repetindo. CANSEI! Você não me quer mais? Ok então. Tchau Isabella. Estou indo pra Londres.
- E VAI LOGO!
- Não se preocupe, amanhã mesmo eu embarco. E sabe o que mais? O anel de noivado, que por acaso, eu comprei pra você, vai pro lixo também, junto com tudo que você disse que não importa mais!Quando Henrique fecha a porta, Isabella começa a chorar, cai no chão e não vê mais nada. Acorda nos braços de Viviane, sua melhor amiga.
- AMIGA, AMIGA! ACORDA! Henrique me ligou, disse que era pra eu vir pra cá, porque você estaria mal, mas ele estava chorando dona Isabella! O que você fez? Ou o que ele fez? Meu Deus, me conte!Isabella abraça a melhor amiga, e começa a chorar como nunca.
- O que foi Isabella? Me conta o que aconteceu!
- Eu...eu...eu... te-te-terminei co-com o o o Henrique! AAAAAAAAAA! – e volta a chorar no ombro da amiga. Viviane não entende nada, ela não terminaria com Henrique por nada, conhecia sua amiga, ela morreria com isso. Henrique ela a vida dela, e vice-versa. Não existia Isabella sem Henrique. Nem Henrique sem Isabella.
- PARA ISABELLA! ENGOLE O CHORO!... Isso, engole, isso... agora, me conta!- amiga, eu não sou o bastante pra ele, Henrique é bom demais pra mim!
- Por favor Bella, para com isso se não eu vou vomitar, com tanta besteira que você ta dizendo.
- MAS É SÉRIO!- Não é não. Vocês estão a sete anos juntos, pelo amor de Deus né Isabella, tenha dó de mim. - Não, eu sou egoísta, o prendi a vida toda e nunca fiz nada por ele e nem agora, não daria conta de sacrificar nada por ele! EU SOU IDIOTA, ESTÚPIDA, CRIANÇA, NÃO O MEREÇO TA ENTENDENDO? Eu me arrependo por ele ter gastado sete anos da vida dele comigo, pra mim, foram os melhor da minha vida, mas pra ele, foi um desperdício. Eu não sou alguém que se deve ficar, eu sou ruim demais, ninguém devia me amar!
- Isabella, para, por favor, ta fazendo muito drama!- Para de parecer minha mãe Vivi! Só ta me dando bronca. Eu fiz o melhor pro Henrique ta? Ele vai ficar bem agora, sem mim. Vai construir um futuro, com uma mulher descente ao lado dele e... NÃO! – choro – eu, eu, eu...
- você foi burra e pronto. Agora você vai até ele e vai pedir desculpas, falar que estava sendo idiota e que não queria ter falado nada daquilo. Vocês se amam, e o futuro dele, é com você.
- Não, não é. Ele vai sem mim. E vai ser muito feliz. Ele não pode ficar comigo. Eu sou pouco demais pra ele. E que não toque mais nesse assunto Viviane!
- Parei Isabella, mas depois não diga que perdeu o homem da sua vida, por estupidez.Dias se passaram e Henrique tinha ido para Londres. Havia ido duas semanas antes do combinado com a empresa, não via mais sentido em ficar no Brasil, sem Isabella do seu lado. A vó de Isabella tinha piorado um pouco, mas nada que alguns remédios não melhorassem sua dor. Mas ao contrário de sua avó, não tinha remédios que melhorassem a dor de Isabella. A cada dia que pensava em Henrique construindo sua vida, sem ela, mais Isabella ficava doente. Mas ela sabia que tinha que ficar bem, não podia parar sua vida. Agora ele não a queria mais, tinha certeza. Afinal, ele embarcara naquele avião. E jogara o anel fora. Ela não sabia se queria outro homem em sua vida. O que iria fazer com ele? Sempre pensaria em Henrique. Isabella estava desorientada e não sabia o que fazer. Resolveu destrancar a faculdade, e voltou a fazer LETRAS. Enfim, adorava escrever e agora que estava triste, tinha um prato cheio nas mãos. Era ruim pensar assim, mas o destino já estava escrito, ela não tinha outra escolha. Viveria sua vida, mesmo que se tornasse monótona e sem graça sem Henrique, isso seria o melhor pra vida dele.
- cinco meses haviam se passado. Parecia tortura para Isabella, ela nunca sabia direito no que pensar ou no que fazer, seus amigos era a sua vida. Sua avó tinha melhorado dois meses depois que Henrique havia ido embora. Sentia-se mal por ter deixado Henrique ir daquele jeito, ela o amava e ele também a amava, mas o amor dela não era o suficiente para ele e infelizmente aquilo era o pior pesadelo de Bella. Henrique nunca ligara para Isa e nem Isa porque ela nem ao menos sabia do telefone dele, não sabia onde ele estava ou o que fazia, só sabia que nesses cinco meses longe do amor da sua vida, estava sendo um verdadeiro horror.Resolveu passear pela praça e lá, encontrou Pedro.
- Pedro!
- Minha linda Bellinha!
- Que saudades, sumido.
- Eu que sou sumido? Você quase não sai de casa Bella. O que aconteceu? Não foi você que expulsou o Henrique? Por que se tortura tanto por causa dele?
- Dá pra parar Pedro? Esquece esse assunto, por favor.
- Ok ok Bella, parei. Mas e aí, o que te fez sair da toca? – risos – Um rato! Isso tinha um rato dentro da sua casa e você saiu correndo.
- Não bobinho, eu só queria ver um pouco a cidade, tava meio entediada.
- Entendi. Mas, quer fazer algo? Estou com a tarde livre.
- Claro Pedro, também não tenho nada pra fazer.
- Quer dizer que sou a última escolha hein? – risos – Me esqueceu mesmo né Bella.
- Claro que não seu branco! – risos – eu nunca te esqueci, você ainda é meu melhor amigo, lembra?
- Claro né, você também é a minha melhor amiga.E saíram, foram passear um pouco no shopping e por lá ficaram até de noite, jogando o papo fora. Até que chegou Emerson, um amigo de Pedro.
- Emerson, amigão!
- Fala cara!- Como anda a vida?
- Com as pernas, como sempre!
- Engraçadinho!
Isabella ria e Emerson logo olhou para ela e se encantou. Chamou Pedro para ir num lugar.
- Calma Bella, eu já volto ok?
- Tudo bem, melhor amigo do mundo...- Pedro, quem é ela?
- É a Isabella, minha melhor amiga.
- Como eu nunca a vi? Você chegou aqui a pouco tempo cara, ela só fica em casa, não gosta muito de sair depois que terminou com o namorado.
- Ah, ela não tem namorado?
- Não né mano, se liga.
- Por que ela não sai de casa? Foi ele que terminou?
- Ih cara, história longa. Foi ela que terminou, mas eu nem sei direito das paradas deles. Ela nem me contou direito e ela não gosta desse assunto. Depois que ele saiu do país, ela ficou muito deprimida.
- E ninguém nunca a consolou?
- Sim, muitas amigas delas e eu algumas vezes e...
- Não Pedro, um garoto entende? Um outro cara pra ela ...
- nem pense nisso Emerson, ela não vai querer nunca! A vida dela era esse... Henrique! Argh. Você não vai fazer nada com ela, ta ligado?
- ui ui. Senti ciúmes aqui em amigão.
- lógico, ela é minha amiga cara.
- Sei que é só isso Pedro, sei.
Isabella chama Pedro e diz que quer ir pra casa.
- Pedro, vamos embora, eu quero tomar um banho e dormir.
- Bellinha, vamos ficar só mais um pouquinho?
- Eu levo ela pra casa então Pedro, pode deixar. – Emerson se pronunciou.
- Não precisa, éer...
- Emerson.
- Não precisa Emerson, o Pedro me leva.
- Eu faço questão Isabella.
- Não precisa Emerson, eu a levo. – Pedro disse, aparentemente muito nervoso pela insistência de Emerson. Claro, ciúmes.
- Ok cara, não precisa estressar. Te vejo depois Bella.
- Vamos Bella, eu te levo de moto.
- Tá Pedro.
Chegando lá, Bella pergunta:
- Por que ele se ofereceu pra me trazer Pedro?
- Só estava interessado em você Bellinha, não liga.
- Não ligarei – risos – Pedro, amanhã eu quero ir na casa da Vivi, você me leva?
- Claro, que horas?
- Pode ser às nove?
- Da madrugada?
- Bobinho! Da manhã claro.
- Claro minha Bella, como você quiser.
Isabella teve outro pesadelo. Dessa vez, Henrique beijava e dizia que amava outra garota. Isso a fez acordar no meio da noite e ela percebeu que estava chorando. Tinha que esquecê-lo, aquilo parecia um pesadelo que ela vivia, não sonhava, então, resolveu mesmo falar uma coisa com Viviane.
No dia seguinte, antes de Pedro chegar, Isabella resolveu inovar. Estava a mais de cinco meses sem usar uma maquiagem e nenhuma roupa decente. Agora tinha que voltar a sua vida, não sentia a mínima vontade, mas era assim que tinha que ser. Pedro chegou e a chamou. Isabella saiu e trancou a porta, estava sozinha, pois seus pais estavam trabalhando, pra variar um pouquinho. Pedro arregalou os olhos e abriu a boca. Nunca vira Isabella tão bonita, em tanto tempo! Ela estava com os cabelos molhados e cacheados. Tinha passado uma leve maquiagem e tinha colocado uma calça jeans e uma regata. Super simples, mas também, estava bem melhor que o seu visual há muito tempo atrás, que tinha sido muito desleixado. Chegou em Pedro e disse:
- Que tal bobinho? Vamos embora?
- Claro gatinha, aonde quer ir? A senhora que manda! – e os dois riram juntos e foram pra casa de Viviane. Chegando lá, Pedro disse:
- Antes da senhora sair correndo sem me dar um abraço de despedida, eu vou logo pedir né, senão, eu nem ganho.
- Ai meu Deus, quando falo que é bobinho, eu não estou mentindo né.
Deram um abraço apertado e Pedro foi embora. Isabella nunca entendera muito bem o que sentia por Pedro. Claro, era só amizade, ele sempre fora seu melhor amigo. Desde que tinha 12 anos de idade. Agora, com 20 ele se tornara mais distante na vida dela, mas ela tentava recuperar aquele amigo que sempre estivera com ela, nas horas mais importantes de sua vida, até mesmo quando precisou dele para encontrar pela primeira vez, Henrique... Mas aquilo era passado e ela tinha que viver algo bom pra vida dela.
- VIVI!
- Já to indo Bella!
Isabella viu Viviane com o cabelo meio desgrenhado, de pijama e com havaianas. Entrou imediatamente e levou Viviane de volta pro quarto.
- Tá é louca menina!
- Bella, como você está linda amiga!
- E você hein Vivi, ta um caos.
- Eu te elogio e é isso que eu ganho? – as duas riem.
- Não bobinha, eu vou te arrumar. Vamos sair hoje, ok?
- Claro você que manda dona Isabella.
Isabella escovou o cabelo de Viviane e depois, passou uma maquiagem parecida com a sua só que no tom de rosa, e colocou um vestido nela. Sua amiga era linda, ela tinha que reconhecer, ela até achava Viviane muito mais bonita do que ela mesma. Olhou pra ela e disse:
- Viu amiga, ta mais linda que eu agora. – Isabella riu
- Nunca né amiga, você é a lindeza em pessoa.
- HAHAHA. Até parece Vivi.
- Mas é! Lembra, o Henri... Todo mundo fala amiga, você é perfeita!
- Chega amiga, exageros não, por favor! – as duas riram.
- Vamos logo Bella.
- ok senhorita apressadinha.
As duas saíram aos risos e Isabella se sentiu bem, ela não ria daquele jeito há muito tempo. Isabella e Viviane passaram o dia juntas e como nunca, Isa se sentia nova, mas ainda, com o coração partido. Ela acreditava que ninguém, nem nada, nunca iria curar aquilo, só iriam colocar alguns esparadrapos que estragariam com o tempo e teria que repô-los sempre e aquela ferida, que nunca cicatrizada, ficaria a martirizando de dor a vida inteira. A culpa era de Isa, ela escolhera aquele caminho, ela que aguentasse o peso de tudo.Passou-se duas semanas, Isa sentia-se bem melhor. Na quarta feira daquela semana, resolveu sair com Pedro de novo e nesse dia, se deparou novamente com Emerson, que a chamou pra sair. Isabella não estava nem um pouco interessada. Ele era bonito, alto e galante, mas nada iria fazer com que ela se interessasse por ele. O coração dela era de outro. Mas ele insistiu tanto, que só pra ele parar, ela resolveu aceitar, não ia acontecer nada mesmo, Isabella já estava ciente. Não iria se machucar de novo. Mas, nada a impedia de rir um pouco e se divertir não é mesmo?
Então, após o encontro com Emerson, foi para casa dormir. O encontro havia sido razoável e ele tinha feito Isabella rir muito e isso a deixou entretida. Emerson tinha gostado mais do que o esperado de Isabella e queria mais encontros com ela. Mas Isabella não estava muito interessada nisso e, portanto resolveu distanciar um pouco de Emerson. Passou-se uma semana após o encontro dos dois e a vida de Isabella ainda era monótona e sem graça. Sem Henrique parecia que ela não tinha motivos pra ficar feliz todos os segundos de sua vida. Não se lamentava mais por Henrique, afinal ele devia estar feliz e a vida de Isa não devia importar mais para ele e por isso Isa pensou e foi retirar realmente Henrique de sua memória. Subiu no seu quarto e o mural de fotos suas e de Henrique foi retirado e alguns álbuns dos dois, os presentes deles e algumas roupas dele foram guardadas dentro de uma sacola e colocadas atrás do guarda roupa junto com o mural. Depois disso, Isabella se sentiu pior, mas teria que ser assim e foi no banheiro tomar um banho e de repente seu celular toca. Era Emerson. Ela tentou enrolá-lo, mas não conseguiu, ele iria a casa dela mesmo que ela não aceitasse sair com ele, então disse que sairia, mas voltaria cedo, pois queria dormir. Isabella foi simples, não queria chamar atenção, não queria que Emerson ficasse ainda mais interessado, mas pelo contrário, a cada encontro Emerson se interessava mais e mais por Isabella... Até que no quinto encontro, um mês depois do primeiro, Emerson a beijou. Sim, demorou, mas faltava pouco para um ano e Henrique havia ido embora, teria sentido chorar por ele o resto da vida? Então, retribuiu o beijo. Foi um beijo normal, não sentiu frio na barriga nem deu vontade de mais. Apenas um beijo. E logo após o beijo:
- Isabella, você quer namorar comigo?
- Q-q-q-que? Namorar? Eu acho que não Emerson, não agora. Mal nos conhecemos! Eu não sei muita coisa de você e nem você de mim e...
Cala bobinha, eu gosto tanto de você! Fica comigo, me dá só uma chance e vai ver que eu vou te fazer feliz.
- E-e-eu n-não sei Emerson, eu preciso pensar.
- Eu espero, não tem problema.
E então foram embora e Isabella pensou por duas semanas inteiras... Até que resolveu não aceitar. Que sentido faria? Nenhum, pensou. Mas quando Emerson disse “Alô”, ela desistiu de negar o pedido e disse:
- Sim Emerson.
- SIM? SIM? Estou indo ai Bella! Me espera!
- Ok, eu te espero.
Quinze minutos depois, uma buzina ali perto. Com certeza seria Emerson. Tinha feito o certo? Isabella merecia ser feliz não é? Mesmo que Emerson não fosse tudo que sempre sonhara, ela tentaria.Uma semana de namoro e numa ida ao cinema, Emerson a aperta naquele escuro, querendo mais do que beijos... Isabella inventa, querendo refrigerante, pois sua boca estava seca e vai para fila. E então, vê uma garota com fisionomia semelhante. Quem seria? Ela parecia alguém que... não, não podia parecer quem ela estava pensando que parecia *confusão* Era a irmã caçula de apenas 10 de idade de Henrique. Ela queria voltar, mas se voltasse sem o refrigerante, Emerson iria apertar o passo e Isabella não queria isso, então foi pra fila. Hannah estava na sua frente e ela não sabia o que fazer e acabou não falando nada. Mas quando ela pegou a pipoca e se virou e viu Isa. Ela abriu a boca, estatalou os olhos. Hannah era doida com Isabella, ela sempre ficava em cima dela e adorava mexer em seu cabelo e brincar com ela.
- BEEEEEEEEEEEEEEELLA! – e Hannah abraça Isa.
- Oi Hanninha.- Que saudade! Você nunca mais foi lá em casa depois que Henrique viajou. Você deve estar morrendo de saudades dele não é? Eu liguei para ele semana passada e ele disse que está ruim sem você. Tadinho, ele está tão sozinho e eu o ouvi dizendo pra mamãe, que nunca vai achar ninguém igual a você. Por que será que ele disse isso?
- Ah Hanninha, eu não sei, mas eu e seu irmão não estamos mais juntos, deve ser por isso.
- NÃO ESTÃO? Mentira Bella!
- É verdade.
- Por isso ele disse um nome de uma garota pra mamãe!
- Ele disse? Como é o nome?
- Júlia!
- Ah! Ele deve ter encontrado outra Hannah...
- Mas vocês continuam amigos né? Porque se ele está com saudades de você...
- Sim Hannah – mentiu Isa – somos grandes amigos!
- Ah bom, então podemos continuar sendo amigas!
- Para sempre minha linda!
- Sempre e sempre.
- Agora eu tenho que comprar meu refrigerante amorzinho.
- Com quem você veio?
- Com meu na... ér, meu novo amigo
- Ah ta, não vou te atrapalhar Bellinha, mas vai lá em casa me visitar hein, to te esperando pra gente vestir minhas novas bonecas.
- ok Hannah, logo, logo eu vou lá.
Isabella mentira de novo. Não aguentaria ir à casa de Henrique. E então, ele estava com outra, mas é lógico, não ficaria sozinho, afinal, Isabella não o interessava mais. Deixou aquela idéia triste da cabeça e voltou para Emerson. Pensou...pensou... E queria dar um passo a frente com ele, mas, conseguiria? Tentaria pelo menos e depois do cinema, disse que queria ir para a praia com Emerson.
- Mas já está tarde amor!
- Que tem Emerson? Vamos!
- Claro, um pedido da minha linda é uma ordem!
Chegando lá, Isabella logo deitou no chão e Emerson a acompanhou. Não entendia, mas a seguia. Então, Isa foi chegando perto de Emerson, mostrando interesse. Logo ele entendeu e gostou da ideia então continuou. Mas quanto mais Emerson continuava, Isabella sentia desprezo. Não era a mesma coisa com ele. Sentia vontade de fugir, então pulou de uma vez e o fez. Saiu correndo e foi pra sua casa. Emerson não entendera nadinha e ligou pra Isa. Ela não atendia, sabia o que ele ia falar. Ela não inventaria desculpa, mas também não confessaria que estava pensando em Henrique. Então, resolveu pedir um tempo, e no outro dia, resolveu ligar bem cedo para Emerson:
- Alô, Emerson?
- Sim amor! Meu Deus, eu já estava preocupado, resolvi não ir atrás de você ontem, mas ainda bem que você ligou, eu queria dizer, que não vou forçar nada com você, vamos no seu ritmo, eu te disse isso. Você que apressou e eu entendo que tenha recuado, eu entendo.
- Mas Emerson, eu quero um tempo.
- Não Bella! Não faz isso comigo!
- Eu preciso pensar um pouco Emerson, eu estou muito confusa em relação a tudo que tem acontecido.
- Não Bella, podemos tentar só mais uma vez hoje? Já faz um mês e poucos dias que tentamos algo e só ontem saiu algo mais. Se não acontecer nada, eu só quero uma explicação de porque não dá certo.
- Ok Emerson, nos tentaremos. Quando e aonde?
- Hoje uai, não tava prestando atenção em mim?
- To, to Emerson, aonde então?
- Pode ser ai na sua casa?- Meus pais chegam às seis horas.
- Tudo bem, eu vou antes.
- Ta ok Emerson, resolvemos tudo hoje.
- Isabella?
- Oi Emerson.
- Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida.
E Emerson desliga o telefone sem nem Isabella responder algo. Ela fica paralisada. Como assim? A melhor coisa? Isso seria um jogo, claro. Emerson não gostava tanto assim dela para dizer isso e Isabella resolveu esquecer aquilo, porque não fazia sentido. Só um mês e uma semana juntos, não era um amor e muito menos paixão. Então, nem se arrumou. Só tomou um banho e colocou uma calça e uma blusa qualquer. Fez algo para comer e depois, se deitou. Dormiu muito, tinha passado a noite em claro. Acordou com a campainha tocando e provavelmente seria Emerson. Atendeu do jeito que acordou, com o cabelo um pouco bagunçado e com a mesma roupa que tinha vestido de manhã.
- Oi Emerson.
- Oi senhorita bagunçada e dorminhoca.
Isabella corou e colocou Emerson pra dentro. Ele sentou no sofá e Isabella o imitou. Ele pegou sua mão e tentou falar com ela:
- Isabella, quando eu falei aquilo no telefone, eu não estava brincando, eu falei sério. Você tem sido tudo de bom que eu tenho tido nesses últimos tempos, eu tenho ficado bem demais com você e não quero uma separação agora. Eu não sei se já te amo, mas é provável que eu esteja nesse caminho.
- Emerson, eu não quero isso pra gente. Eu não estou apaixonada por você, entenda.
- Mas não custa tentar Bella! Você está sozinha e se você me deixar, eu também vou ficar e nós dois vamos ficar piores do que agora.
- Eu não queria te machucar Emerson, mas foi você que insistiu. Entenda, meu coração está ferido demais para amar novamente, ele é de outro, me desculpa.
- Eu não ligo Isabella, ele também pode ser meu e outra coisa também... Emerson começa a beijá-la, Isabella não o impede, um beijo a mais ou a menos, não ia fazer diferença. Então, ele parou. A olhou e voltou a beijá-la e começou a puxar ela pra perto. Isabella o entendeu. Deixou rolar. Quem sabe daria certo? E ele começou a tirar sua blusa. Ela não sabia se isso estava certo, mas ainda prosseguiu. Ele passou a mão por sua barriga, e subiu. Não tirou seu sutiã e foi direto ao ouvido:
- Quer isso Bella?
Isabella não disse nada, então Emerson tirou a sua blusa. Deitou Isa no sofá e subiu por cima dela. Começou a beijar seu pescoço e Isabella puxava seu cabelo. E então ele começou a descer e queria tirar sua calça. Isabella sentiu algo estranho. Não podia continuar com isso. – MEU DEUS, o que eu tenho na cabeça? Eu prometi a mim mesma não me entregar mais a um homem e olha o que eu estou fazendo! Não, isso não pode ir mais longe do que está, eu tenho que dar um fim nisso – E ela levantou e fechou os botões da calça e vestiu sua blusa.
- o que foi Isabella?
- Eu não quero isso.
- Mas estava dando tudo certo!
- Não estava não. Quer saber de uma coisa Emerson?
- Fale Bella.
- Eu sempre vou pertencer a um homem só e esse homem infelizmente não é você.
- Mas Isabella, ele foi embora! Ele te deixou, vai viver a vida toda sozinha?
- Você não sabe do que está falando Emerson. E é melhor não querer saber de nada, porque eu não vou contar.
- Não precisa ser grossa, ta legal?
- Parei, mas você tem que ir embora.
- Essa explicação não me convenceu, eu quero algo que faça sentido.
- Sentido?
- Isso mesmo.
- Então ta, vai fazer muito sentido agora.
- Manda!
- Até hoje, me entreguei apenas para um homem, o qual eu mandei embora por idiotice e que pelo mesmo eu até hoje sofro. Penso nele todos os dias, tentei tirá-lo da minha mente, mas é impossível. Tentei amá-lo menos, mas também é impossível. Fiz de tudo para se esquecer alguém, mas esse cara não foi feito para esquecer e sim, lembrado pro resto da minha vida. Nem adianta você tentar me dar todo o prazer do mundo e nem o seu amor, porque eles não vão ser pra mim, o que o sentimento do Henrique – uma lágrima escorre do rosto de Isabella – sempre foi, que apesar de meu amor não ser suficiente pra ele, o dele sempre transbordou em mim e sempre foi acima de tudo que eu sempre mereci. Ele fez de tudo que um homem pode fazer pra uma mulher ser feliz e eu dei a sorte, de ser a mulher que um dia o teve nos braços e que sempre, eu vou pertencer a ele. E digo mais Emerson, nenhum homem nesse mundo, é capaz de afastá-lo de mim, porque eu vou amá-lo por todos os dias da minha vida e mesmo que eu sofra com isso, é apenas ele, mesmo distante, que me faz sorrir com o coração e me faz chorar de saudade. Ele pode ter mil mulheres, que se aparecesse na minha porta, nesse mesmo instante, eu sairia correndo e o abraçaria e ainda diria que o amava, mesmo que me expulsasse da sua vida, eu não deixaria de amá-lo por isso. E mais do que você sabe agora, o meu coração arde por sentir o amor que sinto por ele.Ainda quer um motivo que faça sentido?
- Acho que escutei tudo o que devia. Tudo bem Isabella, não vou te forçar a mais nada, eu vou embora da sua vida, mas feliz, por ter sido o cara, que um dia, te tive nos meus braços.
E Emerson saiu pela porta, com o mesmo objetivo desde que entrou naquela casa. Isabella começou a chorar e foi para o quarto.
Ela deitou na sua cama e começou a pensar insistentemente em Henrique. A mais de dois meses, não pronunciava o seu nome e nem pensava no tamanho do seu amor por ele. Esse momento parecia tortura para ela. Então foi tomar um banho e enfiar a cabeça debaixo do chuveiro e esquecer-se de tudo o que tinha acontecido ali. Nem acreditava que fora tão longe com Emerson, como permitira tal coisa? Se Henrique voltasse pra sua vida, como contaria isso pra ele? – MEU DEUS ISABELLA, ELE NÃO VAI VOLTAR! – E então, Isabella voltava a chorar desesperadamente, depois de sete meses longe dele, aquele era o ponto que ela não aguentava mais. O que faria dali pra frente? Não sabia, mas não continuaria naquela cidade. Emerson tomaria providencias, então ligou para Pedro, que tinha contato com a família de Henrique:
- Alô, Pedro?
- Sim, fala Emerson.
- Cara, me dá o endereço da casa da família do ex da Isabella?
- Pra que meu?
- Eu preciso conversar com a mãe dele.
- Me diz pra que, por favor?
- Depois eu te conto Pedro, tem que ser rápido.
- Ta ok cara, pega a caneta ai e anota na sua mão mesmo. É longe daqui da cidade hein, uns 200 km!
- Não importo, eu vou atrás.
Então, Emerson pegou sua moto e foi para a cidade da casa da mãe de Henrique. Ele sabia exatamente o que faria. Iria ajudar Isabella, de uma forma ou de outra, escutara demais e estava provado o amor de Isabella por Henrique. – Como aquele cara teve coragem de deixá-la? Mesmo ela o mandando ir embora, ele tinha que ter ficado, ela é tão completa, meu Deus, como eu queria ter a sorte dele... – E assim, foi pensando em todo o caminho até a casa dos pais de Henrique e enquanto isso... Isabella ainda debaixo do chuveiro, sem pensar em nada, mas ainda sim, as lágrimas insistiam em cair então já que o banho não resolvia, ela pegou um cd de seu pai, com aquelas músicas insuportáveis, pra tirar tudo que tinha da cabeça. Ouviu quatro músicas no volume mais alto e não aguentou, era ruim demais.
Mas se pegasse o seu cd favorito, que por acaso foi Henrique que tinha dado, iria chorar muito. Então foi para o computador, conversar com alguma amiga. E lá estava, Beatriz, sua amiga tão amada, que há tanto tempo não conversavam. Isabella tinha visto Beatriz apenas cinco vezes, desde os seus 12 anos de idade. Então, abriu sua janela e começaram a conversar. Beatriz era amiga de Henrique, mas dissera que não tinha notícias dele há cinco meses. Disse também que quando conversou com ele, não era a mesma coisa de sempre, porque ele estava desanimado. E também contara novidades, que estava conseguindo grandes vantagens no emprego. Beatriz estava morando em Santa Catarina, tinha se mudado para um emprego também e Isabella não escondendo a tristeza, acabou chorando mais um pouco. Conversaram praticamente duas horas. Bia fez Isa rir um pouco e a distraiu. Eram 7 horas da noite e Isabella foi comer algo. Desceu e preparou algo que tinha na geladeira, depois foi dormir, tinha tido um dia cansativo e iria deitar cedo... Acordou com o telefone tocando, mas, quem seria? Ela olhou, era meia noite, estava tarde para alguém ligar para ela. Seus pais estavam no quarto e ela nem os viram chegar. Olhou para o telefone e era Emerson. – Ai meu pai, o que esse homem ainda quer comigo? –
- Alô Emerson.
- Oi Bella, sei que é um horário muito impróprio, mas eu precisava falar com você agora.
- Então fala.
- Ok brutinha. Amanhã, tem como você ir ao shopping às duas horas?
- E o que eu vou fazer lá, Emerson?
- Você vai saber quando chegar lá.
- Não, eu não posso.
- Por que?
- Tenho compromissos.
- Ah. Duvido que tenha Bella, você não faz nada ultimamente, a não ser a faculdade à noite e o emprego de manha e a tarde. Mas como amanhã é segunda, sua tarde está livre, por causa da suas folgas e com a Viviane é que você não vai sair, porque ela está viajando com o namorado.
- Sabe mais do que devia hein Emerson.
- Pois é Isabella. Vai ir ou não?
- o que você ainda quer de mim?
- Você vai saber Bella, não insista.
- Ok, ok Emerson. Eu vou. ARGH!
- Nervosinha, agora vai dormir.
Como Isabella era muito curiosa, topou ir. Mas iria bancar a difícil e atrasar um pouco. Coisa que ela nunca fazia, mas aquele dia merecia algo diferente. Depois do serviço, foi para casa almoçar. Era seu dia de folga e ia gastá-lo passando com o Emerson. Detestava essa ideia. Mas teria que ir e por mais que o dia anterior tivesse sido ruim até para sua alma, iria vê-lo pela ultima vez e depois esqueceria que Emerson existira em sua vida. Chegou a hora e Isabella chegara na hora, estava ansiosa demais para enrolar. Mas, chegou lá e vira apenas um rapaz de costas e então, ela se lembrou de Henrique. O cabelo igual ao dele, as formas do corpo e incrivelmente, ela sentiu seu cheiro. Aquilo a encheu de borboletas no estômago, não podia ser Henrique, mas quem seria? Isabella começa a chorar, lembrando perfeitamente do seu amado e o quanto ele fazia falta no dia a dia. Algo tocou seu braço, mas sem querer tirar os olhos daquele rapaz e pra não perder seu cheiro, resolveu falar:
- Oi.
- Pode virar pra mim Isabella? – Era Emerson
- Vira você pra mim Emerson. – E então ele a puxou e ela se virou e aquele cheiro se fora, maldito era Emerson.
- Que você quer hein? – Isabella ficara irritada, estava tento sensação tão maravilhosas...
- Quero te devolver algo.
- Devolver? Mas eu nunca te dei nada, que eu me lembre...
- Eu sei, mas você deixou algo muito importante ir embora!
Isabella não era burra, a única coisa importante que deixara ir embora, literalmente, era Henrique e tudo o que vira naquele rapaz... ERA HENRIQUE? Virou-se rapidamente e saiu em direção onde vira o garoto, mas ele não estava lá e achou que tinha entendido tudo errado. Caiu de joelhos e começou a chorar, desejava Henrique naquele momento mais do que tudo. Emerson a levantou e disse:
- Isabella! Olha quem veio pra você.
Isabella virou o rosto e viu Henrique, completamente perfeito e estava ali de volta. Imediatamente Isabella pulou e deu um abraço nele... Aquele cheiro, aquele cabelo, aquelas formas, nunca passariam sem ser notadas... E lembrou-se que tinha mandado Henrique embora, se afastou e ele sorria. Seria sonho? Ele a pegou de uma vez e a girou num abraço longo e apertado, até que ele pegou seu rosto entre as mãos e sussurrou bem baixinho “Mais linda do que nunca”.. E finalmente a beijou. Isabella foi ao céu e voltou não se lembrava dessa sensação há tanto tempo! Foi como se beijasse Henrique pela primeira vez, sentiu borboletas na barriga, seu coração bater mais forte e se sentiu quente e arrepiada. Não havia algo melhor do que aquele momento. Seus lábios colados com os do seu amor, que havia voltado pra ela e tinha certeza de que o amava e isso parecia mais forte do que nunca!Então ele a juntou mais perto do seu corpo e a beijou ferozmente, até que Henrique se lembrara de Emerson e afastou Isabella de si.
- Por que parou de me beijar, amor?
Falar “amor” de volta... parecia estranho de primeira, mas como se Henrique nunca tivesse deixado Isabella e então ela se sentiu renovada e ele olhou com uma cara feia pra ela. Ela abaixou a cabeça timidamente e ele levantou com apenas um dedo no seu queixo.
- Por que podemos continuar depois neném, temos a vida toda pra nos beijarmos.Isabella não podia acreditar. Ele a queria! Mas ele tinha ficado com outras... Mas e daí, ela também, Emerson fizera até demais, enfim, EMERSON!
- Emerson! Fo-foi você quem o trouxe?
- Não Isabella, eu só dei um empurrãozinho na sua sorte.
- Como assim? Como o convenceu a trazê-lo... Eu pensei que me odiasse por ontem.
- Bella, eu te amo. Não te odiaria nunca. Então quis fazer você feliz e mostrei minha gravação para Henrique.- Gravação? Que gravação? E como chegou nele? Ele tava fora do país. Tava né amor?
- Sim, eu estava.
- Eu fui até a casa dos pais dele. Achei o telefone dele e deixei
-o ouvir a gravação do telefone mesmo. Em falar nisso, você me deve o valor da conta de telefone, vai vir caro hein!- risos – Eu pago Emerson, você salvou minha vida.
- Eu não estou entendo nada!
- Minha Bella linda, não precisa entender, só saiba que eu voltei e prometo nunca mais te deixar.
- Mas eu quero saber. – Isabella faz bico, como se pedisse para contar.
- Eu falo Henrique, não tem problema.
Foram se sentar no banco e Emerson confessara. Estava amando Isabella, mas via que ela nunca se entregava e que não dava tudo de si, então, o dia anterior ele resolveu tirar uma prova de tudo.
-... Foi quando você disse que iria falar algo pra provar que tinha motivos para não fazer nada e eu estava meio preparado pra isso, então peguei meu celular e gravei tudo o que você falava, lembra, eu estava com o celular na mão e como você praticamente gritava a gravação ficou bem nítida, então, resolvi ligar para Henrique pra ele ver o quanto você precisa dele.
- Mesmo você falando aquilo tudo pra mim Bella, há um mês, eu já estava com a ideia na cabeça de vir te ver, a não ser que fosse pra perguntar algo que seja de você, fosse à sua casa pra te ver dormindo, sei que seria meio impossível, eu tentaria. Eu já não estava agüentando ficar sem você e mesmo sendo carente e mesmo tendo outra namorada, que no caso não durou tanto como o seu, nunca era como é com você, e você sabe do que estou falando – e ele apontou para o Emerson – quando eu ouvi tudo o que você falou pra ele, eu paralisei e foi algo como “Volta pra ela seu burro, o que ainda está fazendo longe?”. E então, eu vim. Quando te vi, meu Deus pareceu que nesses sete meses eu tinha ficado cego e tivesse ficado preso num lugar escuro, foi como ver a luz pela primeira vez e sentir seu abraço de novo...
- Quer dizer, que... você voltou pra ficar comigo? – Isabella já estava chorando.
- Claro bobinha, acho que nem precisava disso que o Emerson fez, o que eu achei algo magnífico da parte dele e vou agradecer pro resto da minha vida, mas, de qualquer jeito, como eu te disse, eu tentaria vir, só pra te ver, porque eu sabia, que se você me visse, iria pensar que eu tinha voltado e você não me queria...
- Agora o bobinho é você, eu sempre quis você, disse aquilo, porque você tinha que ir de alguma forma para construir seu futuro.
- Mas um futuro sem você, não é vida pra mim.
Isabella abraçou Henrique e mais satisfeita que nunca, solta e abraça Emerson.- Obrigada. Eu nem sei como te agradecer, ér. Desculpa por ter sido dura como fui, espero que entenda. Você é um bom amigo, Emerson.
- Nem tem que agradecer, você também é uma boa amiga, Bella.
Emerson vai embora e nem acreditando e muito curiosa, Isabella pergunta:
- Então quer dizer que beijou e namorou com outra garota né?
- E você também.
- Ela era bonita? Como era?
- Não importa. Agora, a única coisa importante é que eu estou junto da garota mais linda do mundo e nada vai me fazer largá-la.
- HM. Então ta com outra? Sortudo você hein amor, estar com a garota mais linda do mundo.
- Você nem sabe o tamanho da minha sorte, minha Bella.
- Não sabe a saudade que eu tava de você meu amor, é tão ruim ficar tanto tempo longe. Eu pensei que tinha te perdido realmente.
- Deixa o passado ruim pra lá meu amor, foram momentos duros pra nós dois, tenho certeza. Mas eles vão ser apagados da memória e agora, vamos viver o nosso presente.
- Tudo bem amor, mas... e o seu emprego?
- ah, não vale a pena ficar por lá Bella. Eu não iria sem você de novo e também fiquei com muitas saudades de TUDO aqui, não só você, sabe né, existem tantas coisas...
- É né, cretino, me coloca em segundo plano.
Henrique ri e fala:
- Lógico que não meu benzinho, to brincando, você é toda a minha vida! E eu não estaria aqui por outro motivo, a não ser você.
- AUN! Eu te amo tanto meu amor!Henrique para, pega Isabella no colo, e começa a andar com ela e grita:
- QUER CASAR COMIGO, ISABELLA?
Isabella começa a chorar e Henrique para:
- O que foi meu amor? Tá doendo algo? Por que ta chorando.
Isabella começa a rir nos intervalos do choro e Henrique entende
- Ah é, você é chorona que nem um bebê! – risos – ah minha bebê, vem cá.
Os dois se abraçaram e ficaram ali um bom tempo, apenas sentindo o outro.
- Sim meu amor, eu aceito, aceito, aceito. - Não podia ser melhor que aquilo, iria se casar com Henrique! Ah, isso parecia perfeito demais. Então, com o sua resposta em sussurro, Henrique a roda e continua levando ela no colo. Isabella tinha o resto da tarde de folga e Henrique procuraria um novo serviço no outro dia. Isabella agora tinha certeza, que por mais que tivessem sido sete meses agonizantes, nada melhor do que o reencontro, que ali, naquela tarde, fora excepcionalmente perfeito! Agora, ela nunca mais iria se afastar de Henrique, afinal o amava sim, o bastante para serem mais do que muito felizes.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Recordação.

Era um dia qualquer, Isa havia acordado cedo, tivera um sonho ruim, e mal conseguira dormir depois disso. Ela lia tanto, que ficava imaginando que vivia no meio das histórias. Foi tomar um banho e resolveu lavar seus cabelos. Depois do banho, estranhamente, se animou. Estava sentindo que iria ter um dia bom. Foi escovar os cabelos, e colocar uma roupa decente. Tinha que trabalhar, mas ainda era cedo demais para isso, então desceu e foi comer alguma coisa. Seus pais iriam viajar dali alguns instantes e como Isabella não tinha irmãos, ficaria sozinha o final de semana inteiro. Henrique dissera no dia anterior, que viajaria, não disse pra onde, nem até quando ficaria apenas citou que seria uma viagem importante. Então Isa estava definitivamente sozinha. Pensou no que fazer depois do serviço e resolveu que sairia com Pedro, seu melhor amigo. Foi de apé para o serviço, mesmo faltando muito tempo. Chegando lá, Dona Célia, a dona da loja, disse que teria que sair, e Isabella ficaria sozinha na loja naquela manhã, e depois estaria livre. Estava bem tranquilo, quando chegaram dois caras, incrivelmente bonitos. Isabella estranhou nunca os tinha visto naquela cidade, mesmo sendo até um pouco grande, nunca havia visto belezas incomuns como aquelas. Pensou e saiu de seu “transe”. Foi atendê-los, mas o que fariam numa loja de brinquedos? Eles ainda estavam perto da porta, então Isa saiu do balcão, e foi ver o que precisavam. Eles olharam Isa dos pés à cabeça ao mesmo tempo, Isa corou e perguntou:
- O que vocês desejam? - você – disse o mais alto, mas Isa não escutara, então o outro deu um cutucão em seu braço e disse:
- Bom, só de uma informação, a cidade está meio vazia, e não sabíamos onde perguntar. Você sabe quem é Pedro Henrique Soares?
- Sim, o que querem com ele?
- O que você é dele? – perguntou o mais alto.
- Cale a boca e deixe que eu fale Alan. – o mais baixo se pronunciou – Bom, somos amigos dele, só que ele ta devendo umas coisinhas pra gente, só viemos cobrar. Pode nos falar onde ele mora?
- Só se me contarem o que ele tem que pagar.
- Você é curiosa mocinha. – disse Alan.
- Pois é, vão me contar ou não? – Isa queria sabe o que queriam com seu melhor amigo, se fosse furada, não iria dar o endereço certo, claro.
- Viemos cobrar uma conta que ele fez, está um mês atrasado, creio que ele esqueceu, não é mesmo Jack?
- Claro Alan, não vamos fazer nada de mal com ele, prometemos.
- Se é assim, tudo bem. – Isa deu o endereço de Pedro, mas pensou melhor e estava acabando seu turno, iria com eles, já iria mesmo na casa de Pedro e então, disse:
- Se vocês preferirem, eu vou com vocês. Eu já vou fechar a loja e vou a casa dele mesmo, então, vocês vão junto. - Eles se entreolharam, e gostaram da ideia. Isa foi para o balcão, e eles se sentaram. Chegaram alguns clientes, mas depois, deu meio dia, e Isa estava liberada. Lembrou da roupa que tinha saído, e se arrependeu de ter pedido pros rapazes ficaram. Infelizmente era uma saia curta, e a sua blusa não ajudava. Não podia ir com o uniforme, dona Célia não deixaria. Mas já que estava daquele jeito, resolveu ir mesmo. Nem tinha pensado muito em sua roupa, afinal, pegara a primeira que vira em seu guarda roupa. Finalmente saiu do vestiário, e os rapazes a olharam com cara de desejo. Isa estremeceu e ficou com medo. Mas eles não fariam nada, a cidade já estava um pouco mais movimentada, então, acalmou um pouco, e fechou a loja. Dona Célia já estaria chegando. Eles tinham um carro, mas Isa falou que iria de apé mesmo, então, foram atrás dela. Chegaram à casa do Pedro e tocaram na campainha. Pedro mesmo que atendeu a porta, e logo puxou Isa e deu um abraço nela e sussurrou em seu ouvido:
- Tava com saudades sua sumida.
- Só eu que tenho que vir te ver é? Vai lá em casa também, seu sumido! – os dois riram, e Isa se lembrou dos rapazes. – Pedro meu bem, esses rapazes apareceram lá na loja te procurando – Isa apontou os dois – Querem cobrar uma dívida, então, eu os trouxe. – Pedro olhou Isa com uma cara de fúria, mas Isa não entendeu e os rapazes riram. Isa se afastou de Pedro e o observou. O que eles seriam para Pedro? Uma ameaça? Pedro soltou um riso, e Isa relaxou. Eles entraram e Pedro explicou tudo. Eram só alguns amigos que tinham emprestado um dinheiro pra Pedro e ele se esquecera de pagá-los. Isa foi embora já era um pouco tarde, e os garotos tinham oferecido carona. Pedro dissera que tinha namorado, mas eles nem deram muita importância. Então, Pedro a levou pra casa. Chegando lá, ele perguntou se ela estava sozinha, e ela disse que sim. Então, ele resolveu dormir na casa de Isa, tinha medo daqueles seus amigos fazerem algo.
Então foi em casa bem rápido e pegou suas coisas, voltando pra casa, viu um carro estacionado na porta da casa de Isa, estranhou e foi correndo ver aquilo. Não eram seus amigos, estranhamente, conhecia aquele rapaz, estava escuro e não reconhecia quem era. Estremeceu e cutucou o rapaz. Ele estava na porta, parece que tocava a campainha, mas ninguém saia e então Pedro reconheceu o rapaz. Era Henrique. Pedro era até amigo de Henrique, mas ele amava Isabella, sim, ele tinha uma paixão reprimida e isso fazia com que ele não quisesse ver Henrique perto dela. Ele pensou e é lógico, sabia que os pais de Isa não estavam em casa, iria aproveitar aquilo.
– ESSE SAFADO! – pensou – Hey Henrique, o que está fazendo aqui? – disse Pedro quase se matando de raiva.
- PEDRO MEU AMIGO! Que surpresa cara, bom te ver aqui. Vim fazer uma visita pra Isa, mas ninguém abre a porta. Ela não está em casa?
- Bom, eu iria dormir aqui com ela, porque alguns rapazes a rondaram hoje, e não queria ela sozinha. Só fui buscar algumas coisas na minha casa. Mas eu a deixei aqui direitinho, ela não saiu. – que estranho, a Isa não sairia sem me avisar – pensou Pedro.
- ISABELLA MEU AMOR! VOCÊ ESTÁ AI? ABRE A PORTA
Isabella estava em seu quarto, não abriria a porta para um estranho, até que ouviu aquela voz. A voz que sempre a deixava entorpecida e mais apaixonada. Era seu Henrique! *-* seu olhos brilhavam e ela desceu ao encontro de Henrique. Mas e Pedro? Henrique ira pra dormir em sua casa! Meu Deus, aquele seria o dia dos dois, claro! O que diria para Pedro, não, ela não sabia se estava com sorte ou azar. Estava com saudade de Pedro e tudo, mas seu Henrique viria pra vê-la, não iria desperdiçar essa chance. Destrancou a porta, e viu Henrique. Pedro bufava de raiva atrás, ela sabia que Pedro não gostava muito de Henrique, mas nunca soube o motivo.
- MEU AMOR! QUE SURPRESA MARAVILHOSA! – Isa pula nos braços de Henrique e começa a beijar todo o seu rosto e pescoço – Ah meu Henrique! Eu não acredito, que lindo você!
- Minha Bella, saudades enormes! Eu não agüentei, eu viajaria para comprar umas coisas pra minha mãe, mas eu me lembrei de você e vim correndo ao seu encontro! Ah, minha Bella cheirosa e perfeita de sempre! *-* - os dois ficaram naquela melosidade sem tamanho, até que Pedro fingiu uma tosse e Isa se vira lembrando-se de Pedro.
- Pedro meu bem, desculpa! – Isa fica constrangida e vai à direção de Pedro – Muito obrigada por tudo Pedro, mas poderia vir dormir aqui amanhã? Eu queria ficar um pouco a sós com o Henrique – Isa cora e Henrique solta uma risada meio baixa, Pedro começa a ficar vermelho de raiva .
- Tudo bem Isa, eu volto amanhã. – Pedro vira e vai andando.
- É assim mal educado? Não vou ganhar nem um abraço e nenhum beijo do meu melhor amigo? – Pedro ri e volta e nessa hora é a vez de Henrique ficar com ciúmes.
- Claro né meu amorzinho. – risos – Como eu poderia dormir bem sem isso?
- Engraçadinho. – Ele abraça Isabella bem apertado e diz:
- eu te amo Bella.
- eu te amo mais Pedro, há.
- Ta bom Bella – risos – você que acha meu amor – pensou Pedro.
Isabella caminha em direção à Henrique, e ao se virar, vê Pedro já um pouco distante e então fala:
- Henrique amor, está com fome?
- Claro Bellinha!
Então, os dois entraram pra dentro e Isabella foi olhar o que tinha pra fazer. Enquanto isso, Pedro corria pra casa, morto de raiva.
- Aquele namoradinho dela. ARGH ! Porque ele? Ele mora longe, a faz sentir saudades Enem é bonito! Também Pedro, você não acharia um garoto bonito né seu idiota. SOU EU QUEM A AMO MAIS, SOU EU QUEM ELA DEVE ESCOLHER. AAAAAAAA! Pra que eu to falando isso? Porque eu ainda insisto, ela só me vê como melhor amigo. Nós só ficamos duas vezes e eu ainda desperdicei as minhas chances... Idiota, idiota, IDIOTA! ...
Na casa de Isabella...
- amor... Amorzinho...
- oi minha gatinha.
- vamos pro quarto?
- Hm hm hm sua safadinha. – risos – claro meu amor!
Sobem as escadas e Isabella pula na sua cama, ela só queria que a noite fosse perfeita e incrivelmente ele também. Henrique deita calmamente na cama e abraça Isabella muito forte e começa a dizer que a ama.
- Meu amor, lembra do nosso primeiro encontro? Se bem, que nós esperávamos isso há muito tempo... foi muito melhor do que eu imaginava, juro!
- Own meu Henrique, eu sei o quanto nós esperamos por aquilo e foi tudo muito maravilhoso... eu não sei, no momento em que te vi, foi como se eu soubesse que nunca mais poderia me separar de você, como se tivéssemos nascidos pra ficar juntos, foi muito mágico e eu nem sei como explicar e... – Nesse momento, Henrique coloca o dedo na boca de Isa, impedindo ela que continuasse.
- Isa meu amor, nós nascemos um para o outro, tudo em você me encanta e me chama, você é perfeita em todos os aspectos, você me salvou e eu sou eternamente grato por isso e você sabe meu neném, eu vou me casar com você e te dar o resto da minha vida... – Henrique começa a beijar sua mão e vai subindo, beijando seu braço, seu ombro, seu pescoço, beija seu queixo e suas bochechas, até que chega a sua boca e diz: - Eu te amo, muito e eu prometo que será pra sempre. – E eles dão um beijo apaixonado e logo passam para um beijo selvagem (6
Isabella começa a ofegar e Henrique passa as suas mãos para a cintura dela. Logo ela tira a blusa dele e começa a arranhá-lo e Henrique também começa a ofegar. Tudo está quente. Então Henrique tira a blusa de Isa e começa a beijá-la e tira o sutiã com a própria boca. Isa sente que seria ali, naquela hora, não estava com medo e desejava por aquilo. Henrique sentia um pouco de tensão em Isa e tentou acalmá-la beijando-a vagarosamente, por todo o seu corpo que ali estava quase todo despido. Resolveu, Isa entrou totalmente no clima e agora, queria mais do que tudo, sentir seu amado por completo. Henrique tira o que sobrava de roupas em Isabella, ele não se contém e sai abraçando Isabella que a mesma tira o que resta das roupas de Henrique. E ali, somente um do outro, sentindo cada palha da chama do corpo alheio, concretizaram aquele momento tão perfeito.
Suados e completamente exaustos, vão para o banheiro de Isa para tomarem um banho que logo se torna outra tentação... Voltam para a cama e logo, adormecem.
Ao acordar, ficam conversando de tudo que havia acontecido, toda a perfeição do momento e da primeira vez dos dois.
- amorzinho meu?
- fala meu Henrique.
- eu tenho que ir embora, prometi pro meu pai que estaria lá em casa cedo ok?
- mas já? – faz uma cara de choro e um bico
- sim amor, não faz esse biquinho.
- tudo bem amor, volta que dia? *-*
- quem sabe hoje ainda hein? – risos – sim meu amor, eu venho hoje te ver de volta.
- TÁ TÁ TÁ!
Henrique veste sua camiseta e vai embora. Isa vai para cozinha comer algo e fica revivendo toda a noite.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

- Dia 27 de dezembro de 2015, 00h:15min da madrugada de sexta-feira.

- Isabella se remexia na cama, não sabia o que fazer para dormir. Estava atormentada com seu pesadelo. Havia sonhado que iria perder sua melhor amiga Viviane. Mas porque? Ela não se lembrava, não fazia sentido, era estranho, porque sua amiga nem estava ali perto dela. Voltara a um ano atrás, mas teve que ir embora, para fazer faculdade. Sentia sua falta todos os dias. Tinha muitas amigas e amigos, tinha muitos colegas e todos eram confiáveis, mas nenhum, como sua melhor amiga, e Isa estava sem um parte de si, com Vivi longe. Mas enquanto ela pensava nisso, ela lembrava, do quanto se divertiam e andavam atoa, e brincavam mesmo! Saiam pra tudo, juntas, nunca brigaram, se pareciam demais, tudo que faziam, era motivo de risos, e sempre estavam pronta pra uma festa, claro. Mas a amiga reclamava muito, pois Henrique tomava muito mais seu tempo, do que ela. E ela começou a ficar pouco tempo com sua amiga, aquilo estava magoando até Isabella, mas ela amava Henrique e do mesmo tanto, amava Viviane. Não podia escolher entre os dois, isso a atormentava, mas sabe o que? Ela nunca escolheria, iria viver com os dois pra sempre, tinha certeza, nunca iria largá-los. Os dois tinham importância demais para deixá-la. E depois de pensar tanto em Vivi, acabou lembrando de tudo que viviam e o quanto viviam feliz. Ela precisava de sua amiga, não queria perder. Agora o sono vinha, olhou no seu celular, e iria dar uma hora da manhã. Precisava dormir, tinha aula cedo, infelizmente. Ligaria cedo para Viviane, perguntaria como ela estava, e iria pra aula, assim, ficaria mais tranquila. Deitou, se enrolou em sua coberta, e dormiu o resto da sua noite.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

- O final da história - o romance - foi acelerado, um tanto resumido, para facilitar a introdução, e o meio nas próximas histórias. Eu detalharei bem a vida de Isabella, então, terão muitas histórias ainda, para não complicar.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

a carta *-*

- Essa é uma das declarações que Isabella escrevia em um caderno para seu Henrique:
" Há quanto tempo estamos juntos! É tão lindo que ainda nos amemos e ainda estejamos tão apaixonados quanto antes! Você é incrivelmente perfeito, mesmo nos dois tendo alguns deslizes, eu acredito que somos um casal perfeito, com um amor perfeito! Eu queria mesmo, era te tirar das minhas lembraças e trazer você pra pertinho de mim, e nunca mais deixar você escapar dos meus braços! E você, consegue recolher a lágrima do meu rosto e fazer brotar um sorriso. Eu te amo, meu amor. Eu prometo, ser sempre SUA, independente de qualquer coisa, eu sempre serei pertecente a você. <3"

O nascimento do afilhado

- Quando eu soube, que minha madrinha havia ficado grávida, eu não acreditei. Era inacreditável, ela sofreu tanto com homens, e logo ali, teria um filho. Pra mim, uma dádiva. Seria eu, madrinha dele. Mesmo nova, seria eu. 2005. Era muito criança, e ainda não sabia muito de como cuidar de um bebê. Mas, o que importava? Eu iria amá-lo, sendo menino ou menina. E por isso, esperei os noves meses, atenta, porque queria estar a parte de tudo. Mas não deu, seu nascimento caiu no dia 20 de agosto. Tinha aula. Época de provas. Péssimo pra mim. Minha mãe não quis deixar eu faltar, e bom, no batizado, só foi falado o meu nome, mas mesmo assim, foi como se eu estivesse presente. Um mês, mais ou menos, depois, minha madrinha veio a minha casa, e eu conheci aquela coisa fofa. Gabriel. Ele tinha nascido com um problema no pé. Estava com gesso, iria ter que fazer uma cirurgia. Sim, ele tinha nascido com o pé torto, e se continuasse, iria atrapalhar no seu desenvolvimento, pois ele iria demorar a aprender a andar. Alguns meses depois, foi feita a cirurgia. Férias. Coisa linda, a gente brincava muito. E ele me chamava de “dindinha”. Era tão lindo, aquela coisa tão pequena, já criando uma apreço enorme por mim. E eu, cada vez me apegando mais. E os anos se passando, ele crescendo, e virando um homenzinho. Passou a me chamar de “tia keka”. Sim, eu amava quando ele me gritava. 2009. É, ele cresceu, mas eu também. Passou a fase de ficar brincando, e fazendo palhaçadas. Mas ele agora estava no auge de tudo. E eu não tinha ainda todo esse interesse. Mas como o amava, fazia de tudo por ele. Ainda brincava, corria, e fazia bagunças.
- Ele sempre morreu de ciúmes de mim. Brigava com meu namorado, mesmo tão novinho. Adorava brincar de Batman e fingir que podia bater em todo mundo! E ele foi crescendo, até que quando eu me casei, ele já era um homem, e tinha suas namoradas. Nunca deixamos de ser amigos, ele virou o meu melhor, sempre contávamos tudo um pro outro, e até saíamos muito juntos. Parecíamos mais amigos, que do parentes. Ele ainda pendia benção, mas sempre íamos pra baladas juntos, cinemas e tudo. Era uma verdadeira amizade. Eu o amava muito. Até que um dia, ele foi estudar fora do país. Ele queria fazer engenharia mecânica, e iria se especializar, pra ter um futuro melhor. Um rapaz lindo, muito cobiçado. Eu sempre tive orgulho dele, mas nesse momento, a saudade apertava muito. Sempre o criei como filho, e agora, que tinha gêmeos, queria ele por perto, para me ajudar com tudo, e ele ser amigo dos meus filhos.
Ele sempre me mandava cartas, presentes, e vinha me ver em suas férias da escola. Ficava pouco tempo, mas eu me contentava, claro. Até que um dia, ele arranjou um namoro sério, e eu fui a primeira pessoa a saber. Ele perguntava de tudo, como ele tinha que agir, como ele poderia ser um namorado melhor, queria saber de TUDO. E então, eu fiquei muito feliz, e o ajudei. Ele acabou conquistando muito a menina, mas ela era de lá, e a escola havia acabado, ele já tinha feito 23 anos, e eu já tinha 31. Uma enorme diferença. Ele queria se casar, mas pra isso, teria que continuar fora do país. E ele ficou numa dúvida cruel, não sabia o que fazer. Não queria deixar a família toda aqui, mas não queria abandonar a mulher que amava. E então, certo dia, ele começou a pensar em tudo que tinha feito até aquela idade. Pensou naqueles que o fizeram feliz, e na sua amada. Brigou muito consigo mesmo. Realmente não sabia o que fazer. Já tinha chorado um pouco, não estava agüentando essa indecisão. Então, pensou em ligar para Isabella, sua madrinha. E o fez. Ela muito chateada e confusa, disse pra ele seguir seu coração, que se ele a amasse, e ela também o amasse, que não o deixasse, que ficasse com ela, mas que se ele não tinha certeza disso, voltasse pra casa:
- Gabriel, meu amor, você sabe melhor do que eu da sua vida. Eu não a conheço, não sei como vocês dois são juntos, não posso julgar tudo, só sei que sinto muito a sua falta, e todos aqui também, Henrique está com saudades, seus priminhos também. A sua mãe, chora muito por você estar tanto tempo longe, todos aqui meu lindo. Mas eu não vou influenciar em nada...
- Mas tia, eu preciso de alguma conselho! Eu amo a Júlia, mas eu não sei se quero continuar aqui em Londres.
- Faz o que manda seu coração, Gabriel. Siga o que seja melhor pra você. Pense em você primeiro.
E então, ele o fez. Alguns dias depois, o telefone de Isabella toca. O que seria? Seus filhos estavam na escola, era turno de manha, ela só trabalhava quando a chamavam, ficava a maioria do seu tempo, com os filhos, e o marido trabalhava de dia, mas sempre estava em casa. Ela estava sozinha no momento, e por isso atendeu o telefone:
- Alô?
- Tia?
- Sim, sou eu Gabriel.
- Bom tia, eu vim pra avisar, que eu to muito feliz com a Julia e...
- Vocês se casaram? – Diz Isabella chocada.
- Não tia, to no portão da sua casa, esperando você abrir, porque viemos te ver e eu não vejo a hora de te dar um abração! Isabella, meio emocionada, corre em direção ao portão, e abraça o afilhado, aperta muito, e chora. Dá um abraço em Julia, que era brasileira também. A achou muito bonita. Era bem o “tipo” de Gabriel. Riu ao pensar assim. E levou eles pra dentro. Conversaram muito, e Gabriel contou que Júlia aceitou vir morar aqui, porque a mãe dela morava aqui, só alguns tinham ido com ela para Londres. E Isabella não podia ficar mais feliz com essa notícia. Ela logo prepara para ir fazer um almoço, e eles ficam no sofá.
Gabriel vai pra cozinha, para matar a saudade da madrinha-tia. Ele diz o quanto pensou nas palavras dela, e o quanto ele amava de verdade Júlia, mas não podia ficar sem ela, nem sua mãe, e toda a família.
- Fico feliz meu amor, por ter te ajudado. – diz Isa, logo preparando a comida preferida de Gabriel
- Tia! Quanto tempo não como da sua comida, que saudade!
- Oun meu filho lindo, agora mesmo as crianças tão chegando, elas vão ficar tão felizes de te ver aqui! E você vai morar aonde?
- Bom, estamos alugando um apartamento perto da casa da minha mãe, que nem é muito longe daqui.
- Ah! Que ótimo, pode vir aqui sempre, hein?
- Claro tia! e riu, e abraçou a tia, ainda com muita saudade de tudo nela.Alguns meses depois, Gabriel e Júlia se casam, e Isabella é madrinha do seu casamento, junto com Henrique, que logo ganhou o coração de Júlia, que o escolheu. Sua mãe, um pouco velha, foi ao casamento também, junto com a mãe de Isabella e uma outra irmã. Todos reunidos novamente, e todos mataram a saudade de Gabriel, e aprovaram sua nova esposa.

- O romance

_ E depois de uns tempos, viraram praticamente melhores amigas. Isa estava um pouco infeliz com sua vida amorosa, e procurava alguém para ser feliz. Na internet, achava que tinha encontrado alguém, mas não era nada, só mais um garoto se aproveitando da sua inocência. Até que um dia, nas paginas dos depoimentos da Beatriz, viu um menino, que parecia seu melhor amigo, Henrique, o achou tão lindo com as palavras, se expressava tão bem, que interessou muito a Isa, e ela então, o adicionou, querendo logo se aproximar.
- no dia 16 de Julho, ele puxou conversa, falando de uma foto de Isa. Ela vendo aquilo, logo seu coração disparou, e a partir daí, queria só conversar com ele, e ter toda a sua atenção pra si. Eles conversavam muito pelo Orkut, até que ele pediu seu MSN, e a partir daí, viraram amigos.
- Isa sempre que podia, corria para o computador, para conversar com Henrique, Bia e suas twifriends. A sua vida, estava praticamente, toda em um computador. Ela tinha se decepcionado demais com “amigos” em sua cidade, com amores, que não estavam dando certo.
- Um dia, ela resolveu ficar com um garoto, seu nome era Eduardo, e ele dizia a um tempo, que estava gostando dela. Ela resolveu lutar por ele, porque eles eram amigos, e ela estava até gostando dele, mas não conseguia esquecer Henrique, que estava sempre em sua mente, mas mesmo assim, tentou, por um longo tempo, e conseguiu ficar.
_Não foi aquilo de maravilhoso, que toda menina sonha, mas ele era legal, e como Henrique estava muito longe, e não dava nenhum sinal de que gostava de Isa, ela continuava com Eduardo. Até que um dia, Henrique, disse que Isa estava ficando chata, que ela era muito sufocante, e que o “perturbava” demais. Nesse momento, o mundo de Isa desabou, e ela queria sumir, e nem queria, algum dia, ter nascido. Sim, foi demais para ela, porque ela amava Henrique, mesmo por uma tela de computador, o amava. E ela resolveu entrar de cabeça com Eduardo, que a cada dia, a deixava mais de lado. Fernanda sempre a fazia mal, pois queria Eduardo pra si, mas Isa não iria desistir dele, e brigou com Fernanda, o que não a ajudou em nada, só prejudicou... Mas ela não desistia de lutar, mesmo tendo sua melhor amiga longe, uma amiga de infância estudando de manhã, e não tendo muitos amigos, resolveu lutar pela felicidade, e com isso, conseguiu a atenção de Pedro, que virou seu melhor amigo, e que por acaso, já era melhor amigo de Eduardo, mas persistiu em rua rota.
- Ela não tinha parado de conversar com Henrique, só havia diminuído as conversas, eram só algumas vezes por semana, e era mais para desabafar e contar suas tristezas com o “ficante”, e seu azar com sua antiga amiga Fernanda. Ele sempre a ajudava, e ela também, mesmo mal, sempre fava conselhos a ele, sobre uma “amada” dele. Isso a enchia de ciúmes, mas ela, claro, ficava calada, e só queria o bem de seu “amigo”.
- Eduardo passou a ser insensível, e não dava tanta atenção para Isa, que ficava descrente desse namoro, e enfim, resolveu se declarar para Henrique, não agüentava mais, tudo ia péssimo, ela tinha que colocar aquilo para fora, e então, o fez. E incrivelmente, ele tinha algo para contar para ela também, e os dois, respectivamente, se declararam, dizendo que já gostavam um do outro. Isa foi mais discreta, não queria assustar Henrique com seu amor avassalador, que já estava perturbando, em suas noites.
_ Ainda sim, continuou com Eduardo, até porque, esse romance com Henrique, seria impossível, pois ele morava em uma cidade meio distante, e ela nem sabia se um dia, veria seu amado. Cansou de ficar entre dois amores, talvez, partindo os dois corações, não estava sendo justa tendo dois, um perto, o enganando, e iludindo o da internet. Pensou tanto nisso, que na escola, chorou, chorou e chorou, não sabia o que fazer! E decidiu saber pelos dois, abriu o jogo com Eduardo, e ele disse: “Faça o que é melhor pra você, se ele ta te dando mais carinho...”. Isa ficou chateada e resolveu falar com Henrique, que disse quase a mesma coisa, falando que Eduardo que poderia fazê-la feliz, pois estava tão perto, e ele tão longe... E foi nisso, que Isa tomou uma atitude. Deu um ultimato para os dois, e foi Henrique que tomou a atitude, e disse para Isa terminar com Eduardo, pois ele lutaria por ela. E então, Isa o fez, e a partir daí, se entregou para Henrique.
- Mesmo com a mente um pouco abalada, ainda tendo que conviver com Fernanda e Eduardo, tinha Pedro por perto, que sempre a fazia rir, e a deixava feliz. Mas a cada dia que passava, Isabella se apaixonava mais por Henrique, que não viam como se encontrar, porque os pais de nenhum dos dois sabiam de algo e com certeza, não apoiariam a ideia dos dois se encontrarem. Num sábado, dia 30 de outubro, Henrique já não agüentando aquela distância, disse que iria a cidade de Isa, para vê-la. E então, começou toda a esperança, porque Isa já tinha ouvido sua voz, e achara tão linda, que não poderia ser diferente de seu físico, que embora, visto algumas vezes pela web, não dava para distinguir muito bem. Henrique era perfeito, tinha tudo que Isa sempre sonhou em um garoto, e foi então, que seu sonho começou a virar realidade. Passou, e chegou domingo, dia 8. O dia em que Henrique havia pegado o ônibus, e estava a caminho de sua cidade. Isa pensou: “Como o verei? Sem meus pais saberem de nada, não há como sair...” Foi então, que se lembrou de sua amiga Fabiana, e a pediu para que fosse junto. E então, as duas saíram às 14h30min, para um pracinha, para o encontro do amado, que chegaria junto de Pedro, melhor amigo de Isa... 16h00min horas, e nada de Henrique e muito menos Pedro, Fabiana tinha que ir embora, e infelizmente, Isa também, quase chorando, e estava ameaçando a chover, Isa voltou algumas vezes na praça, mas ainda sim, nada... E voltou desiludida pra casa, pensando que ele não a amava, e que não a queria, e provavelmente, contaria uma história pra se livrar de qualquer culpa. Isabella voltou pra casa então, colocou um pijama, e foi para o computador, afogar suas mágoas. Esperou que Pedro estivesse online, para perguntar qualquer detalhe que fosse, mas nada. E a sua dor só piorava. Até que as cinco horas, Pedro entra, e ela logo o chama, para saber o que havia ocorrido de errado, e ele disse, que Henrique estava do seu lado, querendo vê-la fortemente, e iria ter que inventar qualquer coisa para sair de lá, e ir ao seu encontro. Nesse momento, falou com Fabiana, e ela disse que não podia ir, porque estava chovendo na sua casa, e Isabella deu um jeito. Inventou que sairia com outra amiga para a mãe, colocou uma roupa qualquer, e foi correndo em disparada para o encontro com o seu amado. Chegando lá novamente, ninguém a vista, resolve sentar e esperar, até que vê, lá na frente, dois meninos descendo a rua, que só poderia ser os dois. Seu coração disparou, suas mãos gelaram e ela imediatamente se virou, e ficou de costas. Pedro, muito inconveniente, logo a abraçou primeiro, e ela nem ligando, se virou e viu Henrique, exatamente como sempre sonhou, e sabia que a partir daquele momento, não poderia mais viver sem ele. E veio o primeiro toque...
_
Passaram-se alguns anos, e eles continuaram com esse romance à distância, se amando mais do que qualquer coisa já vista, sentida ou falada. Esse amor tudo superava, tudo perdoava, e pra tudo, dava um jeito de cair nos eixos. Até que um dia, Isabella resolveu fazer ir faculdade de direito em Belo Horizonte, e enfim, morar com sua avó, e poder matar essa saudade que os atormentava.
- Um dia, com uma briga, Isabella e Henrique foram para suas casas, os dois, chateados, e muito desconfiados de como seria dali pra frente. Isabella pensou muito, e acabou relembrando tudo que tinha vivido com Henrique, quantos momentos, e todas as promessas que havia feito a ele, não iria desistir logo ali, que estavam com 8 anos de namoro, e tão felizes, lembrou de tudo que passaram, as dificuldades, e o quanto ele a fazia bem, e o quanto ele a fazia sorrir... E enquanto ela pensava nisso tudo, em sua casa, Henrique ia para casa, descontroladamente, com medo de perder a amada, e por isso, acaba batendo o carro com um motoqueiro, e fica muito ferido. Poucas horas depois da briga, ligam para Isabella do hospital, avisando do ocorrido, e ela corre em direção do mesmo. Chega ao quarto, Henrique está inconsciente, mas bem, ferido e o braço com algumas talas, Isabella desesperada, corre em direção a ele, e começa a sentir o seu cheiro, aliviada por ele ainda estar vivo, e procura pelos seus bolsos, pra ver se tinha algo que indicasse se ele tinha bebido ou algo assim, e acha um papel escrito: “Isabella, meu amor, me perdoe por tudo, eu estava tentando escrever algo para você, e nada vinha a cabeça, eu não quero perder você, eu simplesmente não posso, seria doloroso demais, impossível demais. Eu não quero que você fuja de mim, não quero que se chateie comigo, se tudo o que fiz até hoje, foi por você, por medo de te perder, querendo ao máximo, te ver sorrir. Me perdoe se houve alguma falha, eu só tinha medo de te perder, eu prometo que a partir de agora, eu nunca mais vou te magoar, porque você me proporcionou tudo que um homem necessita, e eu tenho certeza, que você é a mulher da minha vida. Quer casar comigo?” – Isabella, ao ler isso, chora, e não acreditando, responde “Sim” várias vezes, bem baixinho para si mesmo, e ouve aquela voz, que tanto sentia saudade, dizendo:
- Olhe dentro do outro bolso, meu amor – disse Henrique. Imediatamente, ela solta um sorriso de felicidade, e procura, com muito cuidado, o que teria no outro bolso, e ela encontra. Um anel. Um lindo anel. E ao cair uma lágrima, ela diz:
- Sim, eu quero me casar com você, não há nada que eu queira mais que isso, e me perdoe por tudo que eu... – e foi interrompida pelo dedo de Henrique em sua boca, que com uma força ainda abalada, diz:
- Eu sei que não estou nas melhores condições, e nem é o jeito mais romântico de se pedir alguém em casamento, mas, eu achei que essa era a hora, e não tente se desculpar, você nem teve culpa de nada. Eu te amo!
- Eu também te amo, meu amor, viverei pra sempre com você!
_ E assim, poucos dias depois, os dois arrumam os preparativos, Bia como a madrinha de casamento, ajuda Isabella, que nem acreditava que iria se casar. Sua melhor amiga, Viviane, também estava lá, junto com Sara, sua amiga de infância e a Linda. Pedro, seu melhor amigo, fez questão de ser o padrinho, e foi um casamento lindo!
Isabella fica grávida de gêmeos, oito meses depois do casamento, uma menina e um menino, que Viviane e a irmã de Isabella viraram madrinhas, e Henrique e Isabella, continuaram juntos, com o seu pra sempre e pra sempre e pra sempre... *-*